*SEAACOM PASSA INTEGRAR A DIREÇÃO DA FEDERAÇÃO DOS
EMPREGADOS NO COMÉRCIO - FECOSUL*
André Fonseca da Silva, Presidente do SEAACOM e Gabriel
Baumgarten Gonçalves, Diretor Financeiro, assumiram postos importantes na
direção da Federação dos Empregados do Comércio de Bens e Serviços do Rio
Grande do Sul.
André foi empossado vice-presidente da Regional
Metropolitana e Gabriel ficará responsável pela Secretaria de Formação.
O ato de posse ocorreu na tarde desta sexta-feira (23/08) na
sede do Sindicomerciários de Caxias do Sul.
O Ato de posse foi precedido de uma plenária que reuniu
dirigentes de sindicatos de trabalhadores de todo o Estado e de diversas
categorias como comerciários, metalúrgicos, rodoviários, asseio e conservação,
telemarketing, trabalhadores rurais e da indústria da alimentação, além de
liderança nacionais do movimento sindical como Luiz de Souza Arraes da
Executiva da CNTC, Sérgio de Miranda, vice Presidente Estadual da CTB e Membro
da Executiva Nacional da CTB/Brasil e de Adilson Araújo, Presidente Nacional de
CTB que participou por videoconferência.
Dentre as autoridades, destaca-se a participação do
Desembargador Ricardo Martins Costa, Presidente do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (TRT-4); de Marcelo Goulart, Procurador do Ministério
Público do Trabalho do RS; do Economista Ricardo Franzoi, Coordenador Técnico
do Dieese; de Vanius Côrte, Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego;
e das Deputadas Federais Daiana Santos (PCdoB/RS) e Denise Pessoa (PT/RS).
Guiomar Vidor, Presidente reeleito, destacou a
representatividade desta Federação que é integrada por 52 sindicatos e
reafirmou o compromisso de defender os mais de 500 mil trabalhadores do
Comércio que atuam em 470 municípios do Estado.
Vidor também fez um balanço da sua última gestão lembrando
os tempos difíceis de resistência que a Federação e os sindicatos precisaram
enfrentar após o golpe que derrubou a Presidenta Dilma, começando pelo desmonte
da CLT com a reforma trabalhista que revogou mais de 200 artigos e normas
regulatórias de proteção ao trabalho no governo de Michel Temer, passando pela
Reforma da Previdência no Governo de Bolsonaro e que culminou com enorme risco
de retrocesso político, ataques às instituições e ao Estado Democrático de
Direito.
Sobre a conjuntura atual, Guiomar fez questão de ressaltar a
importância de construir uma nova maioria política no país, voltada para a
defesa da democracia, dos direitos sociais e do desenvolvimento econômico. Ele
reforçou o papel da Fecosul como uma entidade que luta incansavelmente por
trabalho decente, fortalecimento da justiça trabalhista e unidade sindical.
“A Fecosul tem papel crucial para a nossa categoria,
representando mais de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras, na promoção da
justiça social e na defesa dos interesses da classe trabalhadora, especialmente
em tempos de adversidades econômicas. Nossa federação luta pelo trabalho
decente, pela democracia, pelo desenvolvimento, em defesa da unicidade
sindical. É fundamental o princípio da unicidade sindical para que nossa classe
seja representada por todos”, afirmou.
Após a mesa de abertura que debateu a conjuntura política
nacional e internacional, a segunda mesa abordou a “A Legitimidade da Norma
Coletiva, da Contribuição Assistencial e o Exercício de Oposição após a Decisão
do Tema 935 pelo STF”.
Participaram deste painel Dr. Marcelo Goulart, Procurador do
Ministério Público do Trabalho (MPT/RS), Dr. Joelto Frasson e Dr. Eduardo
Bestetti, ambos integrantes do setor jurídico da Fecosul.
Airton Maffei, Secretário Geral do Seaacom, pediu a palavra e
discorreu sobre casos concretos que vivenciou neste período de retrocesso.
Durante sua intervenção, Maffei criticou duramente o
posicionamento muitos procuradores do MPT que equiparam entidade sindical
(que cumpre o dever de representar toda a categoria), a uma
"associação" que limita-se a representar apenas seus associados. O
dirigente do Seaacom citou vários exemplos concretos em que o MPT e o
judiciário agiram deliberadamente contra as organizações sindicais, impondo
cláusulas de oposição à contribuição negocial que acabam por inviabilizar
financeiramente a sustentação das entidades.
Maffei relatou que, em muitos casos, Procuradores do Trabalho
exigem que o Sindicato preste assistência à quem não contribui, fato que
desagrada e desestimula quem sustenta a sua entidade e, ao mesmo tempo, fazem
vistas grossas às práticas antissindicais de empresas que oferecem cartas
pré-elaboradas e disponibilizam até transporte para que trabalhadores entreguem
as cartas de oposição e que, muitos destes casos, configuram claramente o crime
de coação.
Por fim, Airton ainda lembrou de evento recente realizado na
sede do MPT/RS em que um desembargador chegou a defender a quebra da unicidade
sindical, o que fragmentaria ainda mais as categorias e inviabilizaria de vez a
existência das organizações sindicais.
Após o encerramento do debate, realizou-se cerimônia de
posse para a gestão 2024/2028.
Os novos dirigentes foram empossados tendo Luiz Arraes dirigente
da CNTC.
A nova diretoria assume com o compromisso de continuar a
trajetória de resistência e avanço, promovendo melhorias nas condições de
trabalho e lutando por um Brasil mais justo e igualitário para todos.
Ao todo, a equipe diretiva foi composta da seguinte forma:
Diretoria Efetiva: 17 nomes
Suplentes da Diretoria: 30 nomes
Conselho Fiscal Efetivo: 3 nomes
Suplentes do Conselho Fiscal: 3 nomes
Delegação Confederativa Efetivos: 2 nomes
Delegação Confederativa Suplentes: 2 nomes
Vice-Presidentes Regionais: 8 nomes