Dando continuidade a busca de apoio para garantir que o piso regional para os comerciários não seja retirado, a CTB-RS e a Fecosul estiveram reunidas nesta segunda-feira (10/1) com o Governador do Estado, Tarso Genro, no Palácio Piratini.

A comitiva, composta pelo presidente, Guiomar Vidor; pelo presidente do SEAACOM e vice-presidente da Fecosul, José Providel; pelo secretário-geral da Fecosul, Paulo Ferreira; pelo secretário de comunicação, Joemir Oliveira; pela secretária da Mulher, Silvana Maria da Silva; pela diretora Flávia da Silva; pelo assessor jurídico, Vitor Nascimento; e pelo assessor da CTB-RS, Haroldo Britto, expôs ao governador a preocupação sobre a ação jurídica dos empresários do comércio que tem por objetivo retirar o piso regional para os trabalhadores do setor.  

O Governador declarou estar acompanhando o processo e que fará tudo que for possível para reverter esta situação. Tarso ainda reafirmou o compromisso de dar continuidade a política de valorização do Salário Mínimo Regional. 

Segundo levantamento do Diesse, mais de 200 mil comerciários serão atingidos de imediato e mais de 280 milhões deixarão de circular na economia, prejudicando também diversos setores, como o próprio comércio. A médio prazo serão mais de 700 mil trabalhadores prejudicados, significando um impacto ainda maior na economia. 

Após a reunião, o presidente da Fecosul e da CTB-RS disse que o encontro foi positivo. “O governador está por dentro do assunto e nos apoia. Assim vamos continuar nossa luta pedindo apoio à sociedade civil”, disse Vidor.

Vidor também declarou que será desencadeada uma mobilização junto aos trabalhadores do comércio. “Vamos reforçar a luta junto com os comerciários para que os nossos direitos sejam garantidos, como o piso regional, que representa uma conquista para os trabalhadores. O piso regional foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa e não pode simplesmente ser retirado de forma arbitrária por um juiz”, declarou Vidor.

A Fecosul defende que com o piso regional para os trabalhadores do comércio todos ganham: a economia cresce, o mercado interno se fortalece, aumenta a produção, além de gerar mais empregos e bem-estar para os trabalhadores e suas famílias.

Entidades também se encontraram novamente com a OAB a fim de reforçar pedido de apoio

No final da semana passada, a CTB e a Fecosul já haviam se reunido com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção Rio Grande do Sul, Marcelo Bertoluci, como o vice-presidente da Ordem, Luiz Amaro Pelizer, não pode comparecer na reunião, um novo encontro foi marcado para a tarde desta terça-feira (11/2). Participaram da reunião o presidente da CTB-RS e Fecosul, Guiomar Vidor, o advogado trabalhista, Pedro Kraemer, e o assessor sindical, Haroldo Britto.

Durante o encontro, mais uma vez foi pedido o apoio da OAB na luta da Central e da Federação pela garantia do piso regional para os comerciários gaúchos. "Buscamos a OAB para que tenhamos apoio político e institucional a fim de que consigamos fazer com que se respeite as regras básicas do regimento do Tribunal de Justiça para que seja uma decisão tomada pelo colegiado, havendo assim uma preservação da harmonia dos poderes. Porque uma pessoa decidindo abre espaço para a dúvida", defendeu o advogado Kraemer.

O presidente da CTB-RS e da Fecosul agradeceu a disponibilidade de Pelizer em receber as entidades para a reunião, salientou o fato de ser mais de 700 mil trabalhadores prejudicados com o não recebimento do piso regional e fez uma breve retrospectiva do motivo que levou a suspensão do direito aos comerciários gaúchos. "O problema é que temos mais de 100 convenções coletivas fechadas livremente em que as empresas se comprometem a pagar o piso regional e agora com essa suspensão há muitos patrões que estão questionando o que foi acertado anteriormente. Essa é uma questão social e é nesse sentido que viemos pedir o apoio da Ordem", afirmou Guiomar Vidor.

O vice-presidente da OAB, no final da reunião, afirmou que se reunirá com a diretoria da Ordem a fim de passar as angústias da Central e da Federação.